quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sociologia e Religião - II


Outro autor clássico da Sociologia,Karl Marx,também analisa a importância da religião para as sociedades,mas de uma outra forma:

A religião é o suspiro da criatura oprimida,o coração de um mundo sem coração,assim como é o espírito de uma situação sem espiritualidade,ela é o ópio do povo.

Para Marx,a religião não faz o homem,mas é o homem que faz a religião.A religião é a expressão de um sofrimento real dos homens,ou seja, eles têm necessidade de acreditar em algo para aliviar seus sofimentos,como o ópio.Por outro lado,segundo Marx, as classes dominantes utilizam-se da religião como ideologia para dominar os oprimidos e explorados.Portanto, a religião é vista como ilusão, ideologia que contribui para justificar uma dominação de classe. Marx e os marxistas fornecem exemplos disso: quando as igrejas afirmam que os pobres devem se conformar com sua condição de pobreza,pois o mundo foi criado por Deus e assim sempre será.

Max Weber,foi outro sociólogo que também estudou as religiões. Para ele, é na compreensão dos comportamentos religiosos que podemos entender melhor a atividades humanas, pois a religiosidade influencia também outras atividades humanas como a ética, a economia, a política ou as artes. Em seus estudos, por exemplo, ele tentou provar que houve uma mudança na concepção de trabalho a partir da ética protestante. Se na Antiguidadeo trabalho era visto pelos homens como uma coisa penosa e vil, na Idade Média, como fruto do pecado original e como tortura, com o aparecimento do capitalismo, combinando com a nova ética protestante, o trabalho passa a ser visto como êxito da vida mundana,expressão das bençãos divinas, pois, assim, se cumprirá uma vocação e a garantia da graça divina. Segundo Weber, essa concepção de trabalho, protestante e puritana, servirá perfeitamente para o aparecimento do capitalismo, que necessitava de trabalhadores para gerar capital e lucros para a burguesia.

Sociologia para jovens do século XXI- Luiz Fernandes de Oliveira e Ricardo Cesar Rocha da Costa

2 comentários:

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

Parabêns !
Muitos filosofos defendiam que a religião era o opio da sociedade, fraqueza de espirito, pobreza de argumentação, esconderijo de fracos. Mas a verdade que não existe consciencia sem razão, e para se ter razão precisa se conhecer e para alcancar o conhecimento temos que ir a fonte a Religião que é o elo do homem com Deus.
Acesse meu blog
www.vivendoteologia.blogspot.com

O Profeta disse...

Contigo aprendo...


Doce beijo

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