sábado, 23 de maio de 2009

A Construção Social da Realidade ( I )

Resumo do livro
A Construção Social da Realidade ( I )

Autores: Thomas Luckman; Peter Berger

Editora: VOZES
Assunto: CIENCIAS SOCIAIS-SOCIOLOGIA
ISBN : 8532605982
ISBN-13: 9788532605986
Livro em português
26ª Edição - 2006 - 247 pág.


O problema da sociologia do conhecimento

Introdução
1.1) Sociologia, filosofia e senso comum - a relatividade social
A sociologia, a filosofia e o senso comum ocupam-se da interpretação dos factos de acordo com um determinado ponto de vista predominante;
O senso comum ocupa-se com questões práticas do dia-a-dia;
A sociologia procura interpretar estas concepçoês e compreender a sua relatividade e mutabilidade de sociedade para sociedade.

1.2) Panorâmica histórica da sociologia do conhecimento
O termo "sociologia do conhecimento" foi utilizado pela primeira vez por Max Scheler, filósofo Alemão, na década de 1920;
A interpretação da natureza e âmbito da sociologia do conhecimento difere de autor para autor, mas podemos reconhecer-lhes em comum o facto de a disciplina ocupar-se das relações entre o pensamento e o contexto social em que se insere;
O contexto cultural alemão foi de importância crucial no desenvolvimento da disciplina.

1.3) A influência Marxista, Nitzcheneana e historicista
Independentemente da controvérsia em redor da interpretação da obra de Marx, podemos dizer que o seu contributo mais importante diz respeito aos conceitos de infra-estrutura e superestrutura, bem como a teoria que afirma que a conciência do homem é determinada pelo seu ser social;
O anti-idealismo de Nietzche introduziu novas perspectivas à sociologia do conhecimento, principalmente pelas suas teorias de sobrevivência e poder, assim como as ideias relativas à falsa consciência e ao ressentimento;
O historicismo (Wilhelm Dilthey) insere a concepção do necessário enquadramento histórico do pensamento humano, ou seja, do situamento social e histórico do pensamento.

1.4) Scheller - o aproveitamento filosófico da sociologia do conhecimento
Scheller introduz de forma tacteante a sociologia do conhecimento quando procura fundamentar uma antropologia filosófica através da identificação dos ideais de uma determinada formação económica;
É um método negativo já que, apesar de identificar essas ideias, não as relaciona com o seu contexto sócio-histórico e nega assim a possibilidade de investigação sociológica.

1.5) Mannheim - a extensão do campo da sociologia do conhecimento
Este autor acrescenta, em relação a Scheller, a validade da sociologia do conhecimento na compreensão do contexto social da formação das ideias;
O fundamento social das ideias (superestrutura) constitui uma extensão do campo de estudo da sociologia do conhecimento.

1.6) Crítica à concepção da sociologia do conhecimento
A sociologia do conhecimento ocupou-se principalmente de questões epistemológicas dentro da esfera das ideias;
Independentemente da pertinência e validade destas questoês, elas enquadram-se no campo da metodologia das ciências sociais;
As questões metodológicas e epistemológicas devem ser excluidas da análise da sociologia do conhecimento.

1.7) Redefinição da sociologia do conhecimento
A sociologia do conhecimento deve estudar todo o tipo de conhecimento;
Para além do plano ideológico o seu campo de estudo deve ser fundamentalmente o conhecimento dos homens acerca da realidade do dia-a-dia;
O tratamento deste conhecimento (senso comum) deve constituir a principal tarefa da sociologia do conhecimento

Conclusão
A sociologia do conhecimento é o estudo da construção social da realidade;
Compreender os factos sociais na sua vertente objectiva e subjectiva constitui o propósito da investigação da maneira pela qual uma determinada realidade é construida.


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